Agentes da Abin presos usaram software israelense para espionar jornalistas e adversários de Bolsonaro
Sistema FirstMile foi adquirido durante a intervenção federal no Rio, que era comandada por Braga Netto, e foi usado durante a gestão Ramagem para se criar uma "Abin paralela" para espionar "inimigos" de Bolsonaro.
Alvos da operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (20), os agentes da Agência Brasileira de Informação (Abin), que atuaram sob o comando do atual deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), utilizaram de forma ilegal o sistema FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyt, para espionar jornalistas, advogados, políticos e adversários de Jair Bolsonaro (PL) durante o governo do ex-presidente.
A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, tem como objetivo a prisão de dois e o afastamento de outros cinco agentes da Abin, além do cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Alvos de prisão, os agentes Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky teriam coagido colegas que tinham conhecimento do suposto esquema de arapongagem para evitar uma possível demissão.
Segundo informações divulgadas pela TV Globo, Moraes também determinou o afastamento dos diretores da Abin que foram mantidos nos cargos após Lula assumir a Presidência.
Revista Fórum