Acusado pela morte da estudante Mariana Thomaz, Johannes Dudeck vai a júri popular nesta quarta-feira (20)
Terá início às 9h desta quarta-feira (20) o julgamento do réu Johannes Dudeck, pronunciado pela morte da estudante de medicina Mariana Thomaz. O juiz titular do 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, vai presidir a sessão, que não será aberta ao público, a pedido da defesa. Contudo, a chefe do Cartório Unificado dos Tribunais do Júri da Capital, Edilva Gomes, informou que boletins informativos sobre o andamento do julgamento serão publicados no intervalo de três horas.
De acordo com o magistrado, a sociedade precisa ficar ciente do andamento do julgamento, com emissão de boletins. “Não se trata, portanto, de privilegiar o réu ou sua defesa, mas de cumprimento às determinações legais aplicáveis aos processos que tramitam em sigilo processual, nos termos do artigo 201, parágrafo 6°, do Código de Processo Penal”, disse o juiz Antônio Gonçalves.
O juiz ainda verificou que, em 23 de março de 2022, houve a decretação do sigilo processual, a pedido do Ministério Público, considerando a necessidade de preservação da imagem da vítima, ou seja, “para que a vítima não fosse exposta à sociedade, em razão das fortes imagens que contém nos autos, sobretudo na realização da perícia realizada no local da morte”.
Antônio Gonçalves acrescentou que “tal decisão foi proferida em consonância ao que determina o artigo 201, parágrafo 6°, do Código de Processo Penal, com vistas à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem da vítima, sigilo esse relacionado aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a respeito da vítima”.
O Caso – O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do réu Johannes Dudeck, informando que a estudante estava tendo convulsões. À época, a vítima tinha 25 anos e a investigação observou sinais de esganadura. Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa. O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.