Celebridades se mobilizam contra PL que equipara aborto ao crime de homicídio
Daniela Mercury, Erika Hilton e outras personalidades se manifestam contra o PL 1.904/2024, defendendo os direitos das mulheres e das pessoas que gestam
Com a iminência da aprovação do Projeto de Lei 1.904/2024 na Câmara dos Deputados, que propõe equiparar o aborto ao crime de homicídio, diversas celebridades estão se posicionando contrárias à medida. O projeto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sugere penas mais severas para quem realiza abortos legais do que para quem comete estupro.
Entre as vozes contrárias está a cantora Daniela Mercury, que se pronunciou durante a 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Mercury classificou o projeto como “afrontoso contra as mulheres e crianças brasileiras” e expressou confiança de que a proposta não se tornará lei. “O presidente vai vetar e provavelmente não passará no Senado. Isso fere a nossa alma”, afirmou em entrevista à revista Quem.
A deputada federal Erika Hilton também está na linha de frente contra o PL. Ela iniciou uma campanha nas redes sociais, com o apoio de fã-clubes de artistas internacionais, para divulgar o site criancanaoemae.org, que coleta assinaturas contra o projeto. Hilton destacou a gravidade do PL, que equipara o aborto ao homicídio mesmo nos casos permitidos por lei, como estupro, risco à vida da gestante e anencefalia, se realizado após a 22ª semana de gestação. “Isso é nojento, é absurdo e é cruel”, escreveu.
A atriz Samara Felippo utilizou suas redes sociais para enfatizar o impacto devastador do PL nas crianças vítimas de violência sexual, enquanto Luana Piovani compartilhou publicações nos stories do Instagram, condenando a criminalização da interrupção da gravidez resultante de violência. A cantora Tereza Cristina fez um apelo aos seus seguidores para pressionarem as lideranças da Câmara, destacando a dificuldade de identificar gravidezes em casos de violência sexual infantil.
Titi Müller, apresentadora, além de compartilhar diversas postagens contra o projeto, destacou em seu perfil a necessidade de combater a violência da bancada conservadora. “É monstruoso. É perverso. É um retrocesso difícil de adjetivar de tão absurdo”, afirmou.
Brasil 247