Partido vencedor na Espanha não consegue formar governo, e derrota e abre caminho a socialistas
Apesar de ter vencido as eleições na Espanha em julho, o Partido Popular, de direita, não conseguiu chegar ao governo do país.
Nesta sexta-feira (29), após um período de mais de dois meses para tentar costurar parcerias e coalizões, o líder do PP, Alberto Nuñez Feijóo, não conseguiu maioria em uma votação no Parlamento espanhol para decidir se a sigla conservadora deveria ou não tomar o poder.
O fracasso também significa que o Vox, o partido de extrema direita da Espanha, não conseguirá chegar ao poder – a sigla ultraconservadora havia declarado apoio ao PP, mas a parceria não angariou o número de votos suficientes. O PP conseguiu 172 votos favoráveis, menos do que a maioria da Casa.
Pelas normas eleitorais na Espanha, mesmo que fique em primeiro nas eleições, um partido só consegue chegar ao governo se os votos são equivalentes à maioria de assentos no Parlamento. Como não conseguiu alcançar esse número nas urnas, Feijó tentou parcerias, mas os partidos que o apoiaram não foram suficientes.
Já o segundo colocado, o Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE), deve conseguir a maioria no Congresso com o apoio de siglas da esquerda e de partidos separatistas da região da Catalunha para formar governo.
A derrota do vencedor das eleições abriu caminho oficialmente para o PSOE, liderado pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
Formalmente, cabe agora ao rei Felipe VI, o chefe de Estado da Espanha, autorizar que Sánchez tente formar governo.
Caso ele fracasse, os espanhóis terão de voltar às urnas para uma nova eleição geral, em janeiro de 2024. Até lá, Pedro Sánchez seguiria governando de forma interina.
Na sessão de debates prévia à votação, no Congresso dos Deputados, em Madri, Feijoó reconheceu a derrota e defendeu que a Espanha volte às urnas.
g1 MUNDO