Lula conversará com Macron sobre acordo entre Rússia e Ucrânia
O presidente brasileiro criticou novamente invasão do território ucraniano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve marcar, até semana que vem, um encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, para conversar sobre uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia. O presidente está em viagem oficial à Espanha e participou de um fórum empresarial, nesta terça-feira (25), em Madri. “Pretendo, possivelmente, esta semana [ou] semana que vem marcar um encontro com o Macron”, afirmou, referindo-se às negociações de paz. Em discurso no evento, ele criticou novamente a invasão do território ucraniano pelo russo e afirmou que essa é uma “guerra insana”.
“O Brasil está empenhado na tentativa de arrumar parceiros para que possamos trazer a paz, para que a Ucrânia possa ficar com seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, para que o mundo não sofra a falta de alimentos, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar os empregos que a humanidade precisa”, disse, reforçando a preocupação com as crises alimentar e energética provocadas pela guerra.
A intenção de Lula pode indicar, portanto, uma visita à França em breve. Ainda não há, porém, confirmação dessa viagem. Segundo o presidente, ele já tratou pessoalmente sobre o tema com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, além de já ter conversado por telefone com o próprio Macron. A tentativa, disse o Lula, é de “construir um movimento que traga a paz de volta na nossa querida Europa, para que a gente não fique sonhando toda noite com a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial ou até do uso de bomba nuclear”.
“O que pode evitar isso é sensatez de a gente tentar encontrar um denominador comum para chegar à paz”, acrescentou. Amanhã (26), Lula também conversará sobre o assunto com o presidente espanhol, Pedro Sánchez.
“Uma guerra que jamais poderia ter acontecido porque não pode se aceitar que um país invada a integridade territorial de outro país. Mas uma guerra que também não tem ninguém falando em paz. E, às vezes, eu fico perguntando até quando essa guerra vai durar? Porque se ninguém quiser construir a paz, se os dois lados, o que invadiu está reticente e o invadido também tem sua razão de estar reticente, eu fico me perguntando quem é que vai tentar resolver essa situação”, disse.
DiárioPB com AgênciaBrasil