Ao se despedir do TSE, Fachin defende a democracia com mais um recado a Bolsonaro
"Democracia se verga, mas não se dobra, nem quebra com as fake news", afirma magistrado
Em sua última sessão como presidente e integrante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin afirmou nesta terça-feira (9) ter a “certeza inabalável de que a democracia se verga, mas não se dobra, nem quebra com as fake news” e que “o povo brasileiro elegerá, com paz, segurança e transparência, um presidente da República”.
Fachin assumiu o TSE em fevereiro e encerra a presidência no próximo dia 16, quando toma posse o ministro Alexandre de Moraes.
“Encerro o relatório desta Gestão agradecido pela oportunidade de servir à minha República, na condição de Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e com duas certezas inabaláveis: A primeira delas é que a democracia é condição de possibilidade para coexistirmos em paz, no dissenso respeitoso, no canteiro de obras que é a própria democracia. E mais: Hoje tenho também a certeza inabalável que a democracia se verga, mas não se dobra, nem quebra com as fake news. Tenho ainda mais certeza que em outubro próximo o povo brasileiro elegerá, com paz, segurança e transparência”, disse Fachin.
Durante sua gestão à frente da corte eleitoral, Fachin fez defesa veemente do sistema eleitoral, em meio aos ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, destaca reportagem do Globo. Foi também durante a gestão de Fachin que o Ministério da Defesa protagonizou uma troca de ofícios com o TSE, diante dos pedidos do ministro Paulo Sérgio Nogueira para que as Forças Armadas fossem recebidas para uma reunião exclusiva com técnicos do tribunal.Em seu discurso de encerramento, Fachin fez um balanço de sua gestão e mencionou os trabalhos da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) e do Observatório de Transparência Eleitoral (OTE) criados durante a presidência do ministro Luís Roberto Barroso. Segundo Fachin, “não há dúvidas de que a transparência é um dos elementos mais relevantes para a aferição da qualidade de uma democracia”.
Brasil 247