Covaxin: os personagens da compra da vacina indiana investigada pela CPI
Suspeitas de irregularidades na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin ao preço total de R$ 1,6 bilhão provocaram uma crise política no governo Jair Bolsonaro — com o envolvimento de diversos personagens novos nas investigações sobre possíveis erros na gestão da pandemia de coronavírus no Brasil.
O contrato da Covaxin foi firmado quando o ministério da Saúde ainda era gerido pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
Documentos obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid indicam que o valor contratado pelo governo brasileiro, de US$ 15 por vacina (R$ 80,70), ficou bastante acima do preço inicialmente previsto pela empresa Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose. O valor foi celebrado em um contrato de compra do governo federal em fevereiro, mas não foi pago e as doses não foram recebidas.
Além disso, o servidor Luís Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, disse ao Ministério Público Federal ter sofrido uma “pressão atípica” de outra autoridade da pasta para assinar o contrato com a empresa Precisa Medicamentos, que intermediou o negócio com a Bharat Biotech.
Luis Ricardo e seu irmão, o deputado federal Luís Claudio Miranda (DEM-DF), disseram ter denunciado irregularidades a Bolsonaro, mas acusam o governo federal de não investigar o caso.
Bolsonaro e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, atacaram os dois irmãos que fizeram a suposta denúncia e prometeram investigar ambos.
Fonte: BBC NEWS /Brasil.