Flavio Dino diz, no Roda Viva, que Ciro deveria ter apoiado Haddad em 2018
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou no programa Roda Viva da TV Cultura que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), hoje um dos mais virulentos críticos do PT e de Lula, deveria ter apoiado Fernando Haddad no segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
Na oportunidade, Ciro viajou para a Europa e se ausentou do debate político no segundo turno, mantendo-se neutro e ficando marcado historicamente como colaborador informal para a eleição de Jair Bolsonaro.
Dino disse: “Acreditei que Ciro faria o que Brizola fez em 1989. Com todas as divergências, em nome da disputa que se colocava ali, da importância, e em respeito à liderança gigantesca que possui, deveria ter participado do segundo turno. O Haddad estava disputando contra um candidato de extrema direita.”
A reportagem da revista Fórum destaca mais um trecho da fala de Dino, “tido como uma das principais lideranças na articulação de uma frente de esquerda para as próximas eleições: ‘Mas isso não é condição de excluí-lo [o Ciro Gomes] do debate de 2022. Continuo a achar que ele é um nome que contribui para o debate político porque sustenta bandeiras que temos concordância.'”
A matéria ainda sublinha que “diante da insistência dos jornalistas em saber se Dino acredita que o PT abriria mão de uma candidatura majoritária para a formação dessa unidade no campo da esquerda, o governador refutou a tese de que o partido deva ser deixado de lado ou abrir mão da bandeira ‘Lula livre’.”