GERAL

A questão administrativa e sua eficácia

tarjaePauloAlves

Todos sabemos, mais ou menos, que a questão política e administração no Brasil é um problema insolúvel e uma realidade ineficiente, e isso porque se quer que assim o seja. Mas nas discussões estéreis que há por aí é nominado sempre com nomes pomposos dependendo do lado e da discussão: os que estão no poder chama isso de “falta verba”, já a mídia diz “vontade política”. Na verdade, os dois lados sabem que não é um nem outro, é falta de ética mesmo.

Por exemplo, uma das manias nacionais é acharem e agirem de forma que os problemas, por mais graves que sejam, se resolvem com uma canetada, não precisa de outra ação. E olhem que daqui a uns dias alguém vai pedir a UNESCO que reconheça (essas manias, na verdade vícios) como patrimônio imaterial cultural do Brasil.

No início desta semana encontraram um corpo assassinado no bairro do Cristo, tratava-se de Daniel Alves Gonçalves. Até aí nenhuma novidade: violência no Brasil é como arroz em festa. Mas o diferencial é que foi morto à pauladas, sim senhor, à pauladas!

Mas quem não se lembra do referendo que houve em 2005 para se proibir totalmente a venda de armas no Brasil? Porem, em 2004 já se procedeu um recolhimento geral de armas de todos que as tivessem. Repetida uma segunda edição em 2011. Isso foi a consequência prática do Estatuto do Desarmamento editado no ano anterior (Lei nº 10.826/2003).

Então, não dá para entender logicamente como um país tão severo no controle de o cidadão comum comprar uma arma, ser recorde de assassinato por arma de fogo. As pesquisas sérias estão aí para comprovar. Em comparação aos Estados Unidos, onde a venda e a posse de arma são liberadas, os assassinatos por armas de fogo lá são ínfimos se comparado com isso aqui, excetuando-se os acertos de conta que pessoas vão fazer em colégios, universidades, empresas, etc. Alguém resolve esta equação aí, usando a lógica aristotélica?

Alguém esqueceu de avisar ao presidente da época (o cerceamento de todo tipo de arma, ao menos o porte, é coisa antiga) que ele não fez a coisa certa. Para impedir assassinatos, com tal método, teria de confiscar não só todo tipo de arma de fogo, mas também de arma branca: punhais, facas, facões, facas de cozinha, garfos, bisturis de médicos, etc, e além do mais recolher todo pedaço de pau que se encontrar pelas ruas e estradas, pedras e tijolos também; e não para por aí, teria ainda que retirar mãos e pés de todo o mundo; sim, por que se matar também por estrangulamento e asfixia mecânica, por chutes e pontapés.

Sou conta à posse e o porte de armas, contudo sou mais contra ainda ao cerceamento dos direitos do cidadão que trabalha honestamente e paga impostos. Cabe ao governo legitimamente punir com força e rigor a quem atentar conta à vida do outro. Nos EUA, por exemplo, quem matar outro praticamente também perde a vida. Então, o sujeito pensa dez vezes antes de puxar o gatilho. Aqui só se sabe cercear direitos.

 

Quando é que nesse país se vai descobrir (a verdade é que todos sabem e finge que não) que o que inibe o crime não é proibir venda de armas, mas a punição exemplar! Neste país existe prisão perpétua? Todos dizem “não, mas tem progressão de pena”, aliás como quase tudo nesse país engodo maior não há. Veja, condena-se o delituoso a trinta anos e ele sai com cinco, sim, cumpre-se apenas um sexto da pena. Mas quando digo punição exemplar não é a prática do bode expiatório, não; é mandar para a cadeia todos os delituosos ricos e pobres, negros e pretensos brancos. Nem precisa dizer que teria que se extirpar do Código de Execuções Penais a famigerada progressão de penas. Já imaginou, caro leitor, o rebuliço que isso iria dar. Prisões já estão faltando há muito, agora iria faltar…, tire suas conclusões.

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Redação DiárioPB

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