Série da TV Brasil Internacional ganha prêmio do Acnur
A série de reportagens Refugiados na América Latina: a Saída é a Fuga, da TV Brasil Internacional, é a ganhadora do concurso jornalístico lançado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) por ocasião do trigésimo aniversário da Declaração de Cartagena sobre Refugiados. O resultado, que será oficialmente divulgado nesta sexta-feira (21), foi antecipado nesta quinta-feira (20) pelo representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramirez.
Documentário Refugiados na América Latina-A Saída é a Fuga, produção da TV Brasil Internacional, mostra de onde vêm; quem são e como vivem refugiados em países latino-americanos /
A série de reportagens foi exibida na TV Brasil Internacional no período de 27 a 31 de outubro e no Repórter Brasil da TV Birasl, edição noite, de 3 a 7 de novembro. Além da série, o grupo produziu o documentário A Saída é a Fuga, cuja pré-estreia ocorreu esta noite, no Centro Universitário Iesb, em Brasília. O documentário será apresentado no dia 30 deste mês, às 23h, na TV Brasil.
A ideia para a produção surgiu em um almoço em que Max Gonçalves, Gerente de Produção e Programação da TV Brasil Internacional, encontrou-se com Ramirez. A intenção era ter os refugiados como protagonistas e contar um pouco das muitas histórias que habitam os mais diversos países latino-americanos. As filmagens foram feitas em 20 dias em São Paulo e Brasília, na Nicarágua, no Equador e México.
Pré-lançamento do documentário Refugiados na América Latina – A Saída é a Fuga. E/D: João Granja (MJ), Andrés Ramirez (Acnur) e Max Gonçalves, da TV Brasil Internacional /
São retratados refugiados de diversos países, entre eles, do Iraque, Congo, de Honduras e El Salvador. Todos vítimas de algum tipo de perseguição. Os relatos deixam claro que eles não queriam deixar o país de origem, e tiveram de fazê-lo para preservar a própria vida e a da família. O filme foi dirigido por Leandro Rolim e Paulo Leite, ambos da TV Brasil Internacional,com fotografia de Rogerio Verçoza.
“[A produção] é um grande testemunho do que ocorre hoje em algumas regiões da América Latina. Eles visitaram lugares remotos, em condições complicadas, e para nós é importante ter tido a oportunidade de ter contribuído. Um elemento fundamental é que os refugiados são os protagonistas, isso é fundamental”, disse Ramirez ao destacar que é evidenciada a situação vivida na América Central, na Guatemala, em Honduras e El Salvador, em que gangues do narcotráfico têm grande poder e restringem as liberdades individuais com ameaças, assaltos e assassinatos.
Também presente no pré-lançamento, o diretor do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, João Guilherme Granja, disse que o Brasil recebe um número crescente de refugiados e que a questão gera cada vez mais debates internos sobre políticas e sobre garantia de direitos. Para ele, a produção mostra “como o tema pode cada vez mais ser estendido e melhor aplicado pelos países que fazem parte da região e que podem oferecer voz e abrigo a pessoas que não encontram amparo para expressar partes essenciais da sua identidade e não conseguem ser protegidas pelos suas nações de origem”.
A Declaração de Cartagena, que completa 30 anos em 2014, é um instrumento regional adotado em 1984, na cidade de Cartagena das Índias, na Colômbia. A declaração ampliou a definição de refugiado contida na Convenção de 1951 das Nações Unidas sobre o Estatuto do Refugiado, incluindo pessoas que foram forçadas a fugir de seus países.
EBC