Palmeiras alega interferência externa no clássico e pede anulação da final

O Palmeiras divulgou um vídeo em que alega estar comprovada a interferência externa na disputa do clássico que marcou a final do Campeonato Paulista. Na noite desta terça-feira, o clube alviverde protocolou no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) pedido de impugnação do dérbi decisivo do Estadual. Nas imagens, o diretor de arbitragem da FPF (Federação Paulista de Futebol), Dionísio Roberto Domingos, sobe do túnel e conversa com o auxiliar Anderson José de Moraes Coelho após a marcação do pênalti de Ralf sobre Dudu.

De acordo com o Palmeiras, imagens comprovam uma interferência externa na decisão do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza de anular a marcação do pênalti. O juiz foi avisado pelo quarto árbitro, Adriano de Assis Miranda, voltou atrás e invalidou o lance, depois de mais de oito minutos de discussão em campo. O presidente do TJD-SP, Antônio Olim, presidente se pôs à disposição para o caso.
eja a nota oficial do Palmeiras
As imagens das câmeras de segurança do Allianz Parque, aliadas a outros videos de emissoras de televisão amplamente divulgados, comprovam mais uma vez e agora, de maneira inequívoca e irrefutável, que houve interferência externa para a alteração de uma marcação convicta da arbitragem em campo.
 
Considerando que trata-se de violação clara das normas da IFAB (International Football Association Board) e do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que deve resultar invariavelmente na anulação da partida, o Palmeiras aguardará o pronunciamento imediato das entidades administrativas do esporte a respeito das providências sobre o assunto, sob pena de adotar todas as medidas cabíveis para garantir a lisura da competição e os seus direitos.
Como ocorreu o lance e o que foi relatado na súmula
Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza escreveu na súmula que o quarto árbitro, Adriano de Assis Miranda, informou-o de que não houve pênalti de Ralf sobre Dudu imediatamente após a marcação. No entanto, o juiz não teria ouvido o recado por conta do barulho da torcida.
Aos 26 minutos do segundo tempo, Marcelo Aparecido anotou pênalti de Ralf em Dudu, o que iniciou uma confusão generalizada no gramado. A princípio, por mais que os corintianos argumentassem que o volante havia tocado apenas a bola, o árbitro se mostrava convicto em sua marcação. A pressão alvinegra, porém, foi forte e após uma conversa com um auxiliar que estava fora do gramado, o árbitro voltou atrás na penalidade.
Os presentes, que bateram recorde de público da história do Allianz Parque gritaram em coro: “Tem um palhaço querendo aparecer e vai morrer”, seguido de “Se o Palmeiras não ganhar olêolêolá, o pau vai quebrar” e “Vergonha”. Oito minutos depois, a partida recomeçou, mas sem emoção e apenas para seguir às penalidades.
Confira abaixo o relato da súmula
Informo que aos 33 minutos do 2o tempo da partida, marquei uma penalidade à favor da equipe da S.E. Palmeiras.
 
No momento da marcação, os jogadores da equipe adversária questionam a marcação e pressionam para que a mesma seja modificada. Durante esse questionamento o quarto arbitro sr. Adriano de Assis Miranda,
 
me informa dizendo: “canto”. Devido os jogadores falarem comigo, os atletas reservas de ambas as equipes falarem simultaneamente com o 4o arbitro e também com o assistente 1. Sr. Anderson José de Moraes Coelho, bem como o barulho da torcida, eu não pude ouvir com clareza a informação do 4o arbitro.
 
Após conseguir me aproximar do 4o arbitro o mesmo me disse as seguintes palavras:”Marcelo pra mim, ele toca na bola, mas a decisão é sua”. Devido o ângulo de visão do 4o arbitro ser lateral a jogada, e portanto melhor que o meu, acatei a sua informação e marquei o tiro de canto. Informo ainda que reiniciei a partida após 7 minutos de paralisação, por consequência da reclamação dos atletas de ambas as equipes.
Superesportes

Redação DiárioPB

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