Ivan Martins e Anay Claro abrem edições de outubro do Sabadinho Bom
Outubro chegou e o projeto Sabadinho Bom segue com sua seleção de chorinhos e sambas consagrados tocados por artistas da terra. O acordeonista Ivan Martins e a cantora Anay Claro são as atrações da vez, e trazem um repertório clássico para animar a edição deste sábado (4).
O Sabadinho Bom, promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através de sua Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), começa às 11h30, na Praça Rio Branco, no Centro.
Chorinhos que atravessaram gerações foram escolhidos para compor a apresentação de Ivan Martins. Com 47 anos de carreira, o sanfoneiro de Sapé vai apresentar releituras de Waldir Azevedo, Cartola, Clementino Moura, Severino Araújo, Chico Buarque, Dominguinhos e Gonzagão.
Autodidata, Martins começou a tocar aos 12 anos. Ele passou pela era de ouro dos shows de auditório da Rádio Tabajara e dividiu palco com Antônio Barros e Cecéu, Benito di Paula, Anjos e Demônios, e o cantor Duquinha. Hoje exercita o talento regional ao lado do rabequeiro Beto Brito e a veia clássica em belas parcerias com o violinista Paulo Barreto.
Anay Claro – Anay Claro volta à cena cantando sambas antigos e da nova geração. No repertório, tem “Você passa e eu acho graça” (Carlos Imperial e Ataulfo Alves), “Vou festejar” (Jorge Aragão / Neoci / Dida), “O sol nascerá” (Cartola), “Pelas tabelas” (Chico Buarque) e “O que é o que é” (Gonzaguinha) cumprindo a primeira premissa, e “Samba de um minuto” (Roberta Sá), “Simples desejo” (Luciana Mello) e “Maria do Socorro” (Edu Krieger) indo pela segunda.
Anay começou a carreira em João Pessoa no início dos anos 1980, se apresentando em bares famosos da cena cultural. Em 1981, foi descoberta pelo produtor Luiz Ramalho, que a levou para a gravadora RCA, selo pelo qual gravou o seu primeiro disco, “Palavras tatuadas”, em São Paulo.
O luto decorrente da morte súbita de Ramalho causou uma interrupção temporária na carreira, período que Anay aproveitou para retornar a João Pessoa e estreitar parcerias com nomes como João do Vale, Cátia de França, Jarbas Mariz, Dida Fialho e Glória Vasconcelos.
No ano de 1984, foi morar no Rio de Janeiro, fez musicais de teatro e gravou o espetáculo “A constituinte da nova floresta”, de Arnaldo Niskier, na época, diretor de produção da extinta rede Manchete. Ela cantou ao lado de compositores como Xangai, Lenine, Elomar, Hélio Contreiras, Ivan Santos e Val Macambira.
Do Rio para Salvador, participou, junto com Gal Costa, Bethânia e Gil, da homenagem à Dorival Caymmi, em palco armado no Pelourinho. Hoje, Anay viaja o Brasil promovendo o CD “Claro” (2009), uma ode aos grandes compositores paraibanos, como Zé Ramalho, Vital Farias, Chico César, Luiz Ramalho e Cátia de França.
Secom/JP