Exposição sobre obra musical de Cátia de França é aberta na Estação Cabo Branco

Cátia de França exposição“Aonde eu sou chama seja você brasa, aonde eu sou chuva seja você água”. Essa é uma das frases que compõe a exposição ‘Hóspede da Natureza’ em homenagem a cantora e compositora paraibana Cátia de França. A exposição está aberta, até janeiro do próximo ano, no corredor do prédio administrativo da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. O público de todas as idades pode visitar a exposição de terça-feira a domingo, inclusive aos feriados.
Na ‘Hóspede da Natureza’, o visitante vai encontrar uma parte do acervo da cantora, em especial na área musical com recortes de jornais e cartazes anunciativos de shows que ela fez ao longo de sua carreira. “Estou muito feliz em está aqui. Vocês nem imaginam”, comentou Cátia de França, que já visitou a exposição e permanece em João Pessoa até o dia 5 de dezembro, inclusive cumprindo agenda de show.
A exposição é uma prévia para uma segunda e maior que a artista está programando para o próximo ano. “Cátia é uma das artistas nordestinas que melhor sabem nordestinar-se de braços dados com outras expressões musicais ditas universais, como o rock e o blues, sem, entretanto, estabelecer hierarquia nessa sua relação com outras estéticas”, comentou o músico Adeildo Vieira no texto de abertura da exposição.
Essa exposição esteve inserida na programação da 7ª edição da Semana do Músico, que ocorreu na semana passada na Estação Cabo Branco.
Perfil – Catarina Maria de França Carneiro, mais conhecida por Cátia de França, é natural de João Pessoa. Cantora, compositora, instrumentista e escritora, aprendeu a tocar piano ainda jovem. Depois foi o violão, a sanfona, a flauta e a percussão. Foi professora de música, na década de 1970, e neste mesmo período começou a compor com seu primeiro parceiro, o poeta Diógenes Brayner, participando de diversos festivais.
Morou no Rio de Janeiro, onde tocou com Zé Ramalho, Amelhinha, Sivuca e Shagai. Em 1979, lançou 20 palavras ao redor sol, pela CBS, em que recita poemas de João Cabral de Melo Neto. No ano seguinte lançou Estilhaços, com músicas de Abel Silva e citações do poema de Guimarães Rosa.
No CD ‘Avatar’, seu quarto disco, contou com as participações especiais de Shangai e Chico César e incluiu ‘Rogaciano’, ‘Apuleio’ e ‘Antoninha me leva’, as três em parceria com o poeta pantaneiro Manoel de Barros. Ainda nesse disco, além de músicas inspiradas na literatura de José Lins do Rego, interpretou novas versões para seus dois maiores sucessos: ‘Coito das araras’, ‘Ponta do Seixas’ e ‘Kukukaya’.
Cátia de França também tem carreira paralela de escritora. Escreveu cordéis, tais como ‘A Peleja de Lampião Contra a Fibra Ótica’ e ‘Saga de Zumbi’, que foi publicado em 8 volumes; e livros de temática infantojuvenil, como ‘Falando da natureza naturalmente’.
Desde 2015 que Cátia mora em Friburgo (RJ), ano que foi gravar um disco e por lá fixou residência. O local tem atualmente um espaço de cultura que leva o nome de sua mãe, Adélia França, a primeira professora negra a lecionar piano.

 

Secom/JP

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