Império de Casa Verde leva o título com a fascinação de decifrar mistérios

Império de Casa VerdeA escola de samba Império de Casa Verde venceu o carnaval 2016 em São Paulo. A taça foi conquistada com 269,4 pontos. Este é o terceiro título da escola, que ganhou em 2005 e 2006. Em segundo lugar, ficou a Acadêmicos do Tatuapé, com 269,1 pontos – a mesma pontuação da Mocidade Alegre, mas a Tatuapé levou vantagem nos critérios de desempate.

A apuração foi marcada por tumulto. Houve confusão e briga depois que dois jurados “esqueceram” de dar notas nos quesitos para os quais haviam sido designados. A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo disse que as notas foram entregues, mas não foram geradas para a apuração.

Foram rebaixadas a Pérola Negra e a X-9 Paulistana. A Pérola Negra, que voltou à elite do carnaval neste ano, cantou e dançou o bairro da Vila Madalena. Já a X-9 fez uma homenagem a Belém e ao açaí, fruta típica do Pará.

Com o enredo “Império dos Mistérios”, a Império de Casa Verde abordou questões da fé, origem das civilizações e mistérios da humanidade ao longo dos séculos. A escola levou carros alegóricos de grandes dimensões e forte impacto para a avenida.

Já a Acadêmicos da Tatuapé fez uma homenagem à Beija-Flor de Nilópolis, a atual campeã do carnaval do Rio de Janeiro.

Carnaval 2016 de São Paulo VALE ESTE (Foto: Editoria de Arte/G1)

Campeã após 10 anos
Para buscar o seu terceiro título no carnaval 10 anos após a última vitória, a Casa Verde apostou no luxo, sem economia no uso de plumas e penas. O belo acabamento das fantasias e alas coreografadas também foram ponto alto do desfile assinado pelo carnavalesco Jorge Freitas.

“Acho que [a escola] tinha uma comunidade muito forte, que mostrava do que eles são capazes. Estamos há muito tempo sendo vice, em busca de um título. E faltava pouquinho. Acho que a diferença foi abrir a casa como a gente abriu [para a comunidade]”, disse o presidente da escola, Alexandre Furtado, após a vitória.

A rainha de bateria da escola, Valeska reis, comemorou na quadra. “Esse ano a gente se preparou de uma maneira diferente. Colocamos na cabeça que uma comunidade feliz poderia trazer o título e deu certo”, disse.

Confusão na apuração
A apuração foi realizada no palácio de convenções do Anhembi, na Zona Norte. Durante a leitura das notas do quesito evolução, houve tumulto porque o segundo jurado não deu a nota para a escola Império de Casa Verde. Por isso, a maior nota recebida pela escola pelos outros jurados nesse quesito foi repetida, segundo determina o regulamento.

Um novo tumulto começou na leitura das notas do quesito harmonia, pois o segundo jurado também não deu a nota para a escola Dragões da Real. Um integrante da Vila Maria foi imobilizado pela polícia durante a briga e foi retirado do local.

A leitura das notas foi fechada para o público em geral, e apenas alguns representantes das escolas estavam presentes. A apuração é feita desta forma desde 2013, já que uma grande confusão tomou conta da leitura das notas em 2012 após um homem invadir o palco e rasgar notas.

Na noite de segunda-feira (8), a Liga e a SPTuris decidiram alterar o local da apuração do Sambódromo para o palácio de convenções por causa das fortes chuvas que têm ocorrido nos últimos dias.

Foram lidos os seguintes quesitos, na ordem: mestre-sala e porta-bandeira, enredo, alegoria, samba-enredo, evolução, bateria, harmonia, comissão de frente e fantasia.

Para desempate, o critério é a ordem ao contrário. Ou seja, fantasia foi primeiro quesito para determinar uma campeã.

Mesmo com a suspeita de um integrante da Vai-Vai ter agredido um funcionário e, no caso da X-9, um rapaz cair de um carro alegórico, a Liga da Escolas de Samba informou que nenhuma concorrente perdeu pontos.

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Redação DiárioPB

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