BRASIL

Centrais sindicais convocam mobilização nacional contra juros altos nesta terça (18)

Atos acontecem no primeiro dia da reunião do Copom que decidirá a taxa Selic

Atos contra os juros altos e pela isenção de Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil por mês acontecem nesta terça-feira (18) em diversas cidades do país. Em São Paulo (SP), a manifestação será na frente à sede do Banco Central (BC), na avenida Paulista, às 10h.

Manifestações simultâneas estão confirmadas em pelo menos outras cinco capitais: Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Brasília (DF).

Os atos acontecem no primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sobre a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic. A tendência é que o colegiado aumente a taxa em 1%, decisão apontada na ata da reunião anterior.

A Selic é o principal instrumento do BC para controle da inflação. O Copom tende a elevar a Selic sempre que a inflação dá sinais de estar saindo da meta.

Para 2025, a meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos. Isso quer dizer que o ideal é que o IPCA deste ano não ultrapasse os 4,5%.

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,06% – ou seja, está acima da meta. Para os bancos, o IPCA deve fechar o ano em 5,66% – superando ainda mais o teto indicado.

Hoje, a taxa Selic está em 13,25% ao ano. A expectativa dos bancos é de que, nesta quarta-feira (19), o Copom a eleve para 14,25%. Até o final do ano, a taxa chegaria a 15% ao ano.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre, destaca a importância da participação da população em geral nos atos, porque os juros altos tiram recursos da produção, repassados para atividades especulativas.

“Nenhuma empresa, de nenhum porte, de grande a pequena, consegue um ganho real de 10%, como ganha quem investe em papéis que remuneram de acordo com a taxa Selic. Isso faz com que o dinheiro não vá para investimentos e para a construção de novas fábricas e empresas que gerem empregos e façam a economia crescer, o dinheiro circular e chegar às mãos do trabalhador”, argumenta.

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), lembra que os juros altos prejudicam diretamente a população. “A contrapartida disto [juros altos] é o sacrifício dos investimentos governamentais em saúde, educação, seguridade, ciência, tecnologia, habitação, saneamento, infraestrutura. O resultado, lógico e inevitável, é o avanço da concentração da renda e da polarização social”, defende, em artigo publicado no site da central.

Os atos estão sendo organizados em conjunto pelas principais centrais sindicais do país – CUT, CTB, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

Confira a lista de atos confirmados até esta segunda-feira (17):

São Paulo (SP) – às 10h, na avenida Paulista, 1804
Salvador (BA) – às 9h, na Praça da Piedade
Curitiba (PR) – às 10h, na avenida Cândido de Abreu, 344
Brasília (DF) – às 10h, em frente ao Banco Central, no Setor Bancário Sul Q. 3 Bloco B
Porto Alegre (RS) – às 11h, na rua Sete de Setembro, 586
Rio de Janeiro (RJ) – às 11h, na avenida Presidente Vargas, 730

Com Brasil de Fato

Redação DiárioPB

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