Associação Zé da Luz leva para festival literário garoto de nove anos que arrasa na flauta peruana
Roberto e Felipe (pai e filho) estarão na feira literária do Festival Bananeiras em Cores e Versos, neste sábado, 22 de fevereiro. Felipe tem 9 anos e toca flauta peruana, acompanhado ao violão pelo pai, Roberto.
Eles são convidados da Associação Cultural Poeta Zé da Luz para participar do Festival Bananeiras em Cores e Versos, promovido pela Academia Bananeirense de Letras e Artes, juntamente com os poetas Bento Júnior, Fábio Mozart, Gilberto Baraúna e Robson Jampa.
Gilberto Baraúna é de Pilões, autor de um folheto sobre o grande poeta bananeirense Ismael Freire, trabalho que será exposto para venda no estande da Associação Cultural Poeta Zé da Luz, na Praça Epitácio Pessoa, a partir das 16 horas do sábado, 22.
Bento Júnior é o cordelista que possui a mais vasta lista de títulos publicados do Brasil no gênero cordel, contabilizando mais de seiscentos folhetos. Versando sobre variados assuntos, os folhetos de Bento Júnior são distribuídos gratuitamente, contendo histórias fantásticas, assuntos críticos, gracejos e notícias de fatos ou pessoas de sua região. “Só vendo meus folhetos em feiras de literatura ou salões de artesanatos, principalmente para turistas. O restante faço questão de entregar a quem se interessar, e também não faço edições artesanais. Trabalho com boas gráficas, porque entendo que devemos primar pela qualidade do nosso trabalho”, diz Bento, ressaltando que não é contrário às atividades lucrativas de poetas, folheteiros e vendedores que se dedicam exclusivamente à poesia como atividade profissional.
Robson Jampa é outro recordista, tendo vendido mais de 50 mil folhetos autorais em dez anos de folhetista profissional. Por ser considerado o primo pobre do mercado literário, o cordel não é visto em livrarias. Para encarar a poesia com profissionalismo e leva-la principalmente aos turistas que visitam a cidade João Pessoa, capital da Paraíba, Robson Jampa enfrenta os preconceitos e acaba com a crença limitante de que literatura de cordel não vende. “Modestamente, eu acho que não é fácil encontrar um escritor que tenha vendido cinquenta mil exemplares dos seus livros aqui na Paraíba, sendo que eu consegui isso vencendo a desconfiança do leitor na venda direta, cara a cara, construindo uma base de leitores porque sempre estou perto do meu público, seja numa procissão, numa festa, eu coloco meu chapéu de andarilho da cultura popular e vou à luta”, disse Robson. Ele garante ter vendido mais de mil folhetos em uma só noite, durante a procissão de Nossa Senhora da Penha, evento religioso tradicional da capital paraibana.