Rússia afirma que Ucrânia perdeu mais de 365 mil soldados em conflito militar
Os dados foram divulgados pelo chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, nesta quarta-feira
O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, afirmou nesta quarta-feira que mais de 365 mil soldados ucranianos morreram desde o início da chamada operação militar especial da Rússia, iniciada em fevereiro de 2022. A declaração foi feita durante uma reunião com adidos militares em Moscou, e foi divulgada pela agência de notícias Sputnik.
Segundo Gerasimov, as perdas totais das forças armadas da Ucrânia, incluindo mortos, feridos e desaparecidos, somam 977.315 militares desde o início do conflito. Ele destacou que esses números foram calculados com base em informações obtidas por fontes russas durante o combate.
Esses dados, no entanto, não foram corroborados por fontes independentes ou pelas autoridades ucranianas, que apresentam números diferentes sobre as perdas em campo. O governo da Ucrânia costuma evitar divulgar informações detalhadas sobre baixas militares, alegando razões estratégicas e de segurança.
O conflito, que já ultrapassa dois anos, continua a gerar tensões internacionais. A guerra tem resultado em uma grave crise humanitária, com milhares de civis mortos e milhões de deslocados. Além disso, as hostilidades seguem em áreas-chave como Donetsk, Lugansk e Zaporizhia, onde combates intensos têm sido reportados.
Analistas internacionais apontam que a divulgação desses números por Gerasimov pode ter motivações estratégicas, como pressionar a Ucrânia e seus aliados ocidentais. Estados Unidos e União Europeia continuam a apoiar Kiev com ajuda militar e humanitária, enquanto Moscou mantém uma postura de endurecimento em relação à guerra.
Embora a Rússia tenha classificado suas ações como uma operação militar especial, diversos países e organizações internacionais consideram o conflito uma invasão não provocada ao território ucraniano. As negociações de paz permanecem estagnadas, com ambas as partes adotando posições rígidas.
O cenário segue incerto, e a comunidade internacional observa com apreensão o aumento do número de vítimas e o impacto devastador na população ucraniana. Enquanto isso, o confronto continua a moldar a geopolítica global, com novas sanções e reconfigurações nas alianças internacionais.