Justiça de SP mantém condenação por estupro e pagodeiro do Art Popular pode ser preso
Decisão referendou pena de 9 anos e 7 meses por crime cometido em 2019 contra uma mulher com quem ele se relacionava havia dois anos
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou a condenação de nove anos e sete meses de prisão, pelos crimes de estupro e cárcere privado, praticados em 2019, imposta ao pagodeiro Leandro Lehart, que ficou famoso nos anos 1990 por integrar o grupo Art Popular. A decisão deixa claro que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Lehart foi acusado por uma mulher com quem mantinha um relacionamento esporádico durante um período de aproximadamente dois anos. Ele agiu com agressividade e trancou a vítima no banheiro de sua residência, entrando posteriormente no cômodo para iniciar um novo ato sexual não consentido, inclusive submetendo a mulher a atos escatológicos degradantes.
Quando foi condenado, em 2022, o pagodeiro afirmou ser inocente e alvo de uma ‘maldade’, dizendo acreditar no Judiciário. “Estou sendo vítima de uma grande injustiça, mas a verdade vai prevalecer. São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na Justiça e, mesmo que tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca”, pronunciou-se à época.
Na decisão do TJ-SP, oficializada na segunda-feira (16) e tornada pública nesta tarde (18), apenas um desembargador votou pela absolvição do artista, argumentando “não haver materialidade suficiente nas acusações”, enquanto os demais confirmaram a sentença da primeira instância.Agora, Lehart poderá recorrer ainda ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em liberdade. Em caso de nova confirmação, o juiz responsável pelo julgamento emitirá um mandado de prisão para que o condenado seja levado à prisão para início do cumprimento da sentença.
Com Revista Fórum