Investigado por lavagem de dinheiro, dono da Vai de Bet tem R$ 195 milhões bloqueados
Empresário José André da Rocha Neto é investigado em operação que prendeu Deolane Bezerra e outras 53 pessoas.
O empresário paraibano José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas Vai de Bet, teve R$ 195 milhões bloqueados pela Justiça em uma operação que investiga crimes de lavagem de dinheiro envolvendo apostas ilegais no Brasil. A operação, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco na quarta-feira (4), também prendeu a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra. Ao todo, 53 pessoas físicas e jurídicas são investigadas.
De acordo com o programa Fantástico, da Rede Globo, que teve acesso aos autos do processo, as investigações começaram com suspeitas de irregularidades na empresa Esportes da Sorte, mas expandiram para outros alvos, incluindo Rocha Neto. A suspeita é de que apostas estariam sendo usadas para lavar dinheiro proveniente de atividades criminosas.
Do valor bloqueado, R$ 35 milhões pertencem a contas pessoais do empresário, enquanto outros R$ 160 milhões estão vinculados a suas empresas. Rocha Neto é natural de Campina Grande e teve sua prisão preventiva decretada, mas no dia da operação estava em viagem na Grécia, sendo considerado foragido pela Justiça.
As investigações também apontam que uma das possíveis manobras de lavagem de dinheiro envolve a compra de uma aeronave que pertencia à empresa Balada Eventos e Produções, do cantor sertanejo Gusttavo Lima. A transação estaria sendo realizada por meio da JMJ Participações, uma das empresas de Rocha Neto.
A defesa do empresário paraibano declarou que “não há qualquer indício de sua participação em atos ilícitos e que seu patrimônio é declarado e regular”. Já a defesa de Gusttavo Lima afirmou, em nota, que “a Balada Eventos apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas” e que “a operação seguiu todas as normas legais e isso está sendo devidamente provado”. O cantor mantém um contrato de uso de imagem com a Vai de Bet, mas nega qualquer envolvimento em atividades criminosas.
A defesa de Deolane Bezerra informou que mantém “plena confiança na justiça” e está “convicta de que sua inocência será plenamente comprovada”.
Com WScom e G1