Bolsa Família: Estudo destaca seu poder de transformação social
Pesquisa mostra que os jovens entre 7 e 16 anos que fizeram parte da primeira geração do programa se encontram em uma situação econômica melhor que os pais
Um estudo recente de pesquisadores do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social, da Oppen Social, do Ministério da Saúde, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da PUC-Rio e da Universidade Bacconi, na Itália, comprovou que o Bolsa Família promove a mobilidade social, informa o Globo. A pesquisa mostra que os jovens entre 7 e 16 anos que fizeram parte da primeira geração do programa, em dezembro de 2005, se encontram em uma situação econômica melhor que os pais.
O levantamento mostra que 64% desses jovens não faziam mais parte de programas sociais do governo federal mais de dez anos depois. Além disso, 45% deles tinham conseguido emprego com carteira assinada entre 2015 e 2019, e metade se manteve no mercado formal por três anos ou mais.
Os próprios pesquisadores afirmam ter se surpreendido com os resultados do programa em apenas uma geração. Eles apontam que o Bolsa Família não pode ser considerado o único motivo para a transformação social, que também é influenciada por fatores como situação econômica e desenvolvimento regional, mas seu efeito é inequívoco.
“Um residente em municípios das regiões Norte e Nordeste tem metade da probabilidade de mobilidade social quando comparado a residentes das regiões Sul e Sudeste”, ponderam os pesquisadores. No Sul, 74% saíram dos programas sociais, parcela comparável às de Centro-Oeste (72%) e Sudeste (70%), mas distante de Norte (61%) e Nordeste (58%). Estas duas registraram as menores fatias com empregos formais, com 30% e 37% respectivamente. No Sul foram 60%, e no Sudeste 55%. A pesquisa também mostrou diferenças significativas de cor e gênero, com homens brancos mais velhos tendo mais chances de escapar da pobreza extrema.
Com Brasil 247