Filho de deputado federal catarinense é preso por estupro de vulnerável
Eugênio Goetten de Lima Neto, filho do deputado federal Jorge Goetten, foi condenado a 14 anos de prisão. Ele ainda pode recorrer da decisão
Eugênio Goetten de Lima Neto, filho do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), foi preso na última quinta-feira (11) após se entregar às autoridades. A prisão, segundo o g1, ocorreu em decorrência de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que condenou Eugênio a 14 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável. Ele ainda pode recorrer da decisão.
O crime ocorreu em 2016, na cidade de Itapema, localizada no Litoral Norte de Santa Catarina, e envolveu uma adolescente. Em 2021, a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi rejeitada pela Vara Criminal de Itapema.
No entanto, no ano seguinte, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) revisou a decisão, com a desembargadora Ana Lia Lisboa Carneiro reclassificando o crime para importunação sexual. Com isso, Eugênio Neto foi condenado a um ano e nove meses de prisão em regime aberto, pena que foi convertida em pagamento de cestas básicas.
Insatisfeito com o resultado, o MPSC recorreu ao STJ, que reclassificou novamente o caso para estupro de vulnerável, aplicando a pena de 14 anos de prisão em regime fechado.
A defesa de Eugênio Goetten de Lima Neto não foi localizada para comentar o caso. Já o deputado Jorge Goetten, pai do condenado, emitiu uma nota oficial sobre o ocorrido em que afirma que “nenhum pai gostaria de ver seu filho preso ou condenado, mas acredito que todos devem ser responsabilizados por seus atos, independentemente de sua posição na sociedade, afinal a justiça é para todos”.
Confira abaixo a íntegra da nota do deputado Jorge Goetten.
“Como pessoa de vida pública, sinto o dever de me manifestar sobre a situação envolvendo meu filho.
Na condição de pai, acompanhei todo o processo desde o início e me solidarizo com a vítima e sua família.
Embora ele tenha sido inicialmente absolvido e, em segunda instância judiciária, prestado serviço comunitário, entendo que a Justiça seguiu seu curso.
Nenhum pai gostaria de ver seu filho preso ou condenado, mas acredito que todos devem ser responsabilizados por seus atos, independentemente de sua posição na sociedade, afinal a justiça é para todos.
Agradeço a compreensão e reafirmo meu compromisso com a transparência.
Jorge Goetten”
Com Brasil 247