Carlos Bolsonaro é investigado por envolvimento em espionagem ilegal pela “Abin paralela”
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha, que mira integrantes do esquema de espionagem no governo Bolsonaro
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) a quarta etapa da Operação última Milha, que investiga a criação de uma organização criminosa envolvendo a Agência de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (PL) está entre os principais investigados no caso, informa a Folha de S. Paulo.
A PF apura o envolvimento de Carlos no uso do software espião FirstMile pela Abin para produzir relatórios sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e adversários políticos do ex-presidente, além de conseguir informações para alimentar o “gabinete do ódio” na produção de notícias falsas. A quarta fase das investigações aponta que membros dos três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos em redes sociais.
O grupo criminoso teria usado servidores da Abin lotados no Centro de Inteligência Nacional (CIN), órgão criado por Bolsonaro para planejar e executar “atividades de inteligência” destinadas “ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado”. Na época, a Abin era chefiada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL), atual pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Servidores da Abin e policiais próximos a Ramagem foram colocados de chefia no CIN, o que fez com que o órgão recebesse o apelido de “Abin paralela”.
Os alvos da ação desta quinta-feira são dois policiais cedidos à Abin que trabalhavam diretamente para Ramagem e integrantes do “gabinete do ódio”, informa O Globo. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Com Brasil 247