Show Canto Negro reúne Escurinho e a banda Mamma Jazz

mama jazUma mistura de ritmos que vai do jazz aos tambores africanos. É o que promete o show ‘Canto Negro’, que acontece nesta sexta-feira, a partir das 19h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural. A apresentação, que encerra a programação do Novembro Negro na Paraíba, contará com a presença do músico Escurinho. Quem abre a noite é a banda Mamma Jazz. A entrada é gratuita.

Mamma Jazz – O grupo Mama Jazz apresenta um espetáculo formado pela mistura de cores e estampas, originadas das indumentárias tipicamente africanas e nordestinas e pelo caráter universal dosom que integra elementos de diferentes culturas. O repertório passeia do samba ao maracatu, do bolero à rumba, penetrando na essência de um caboclinho e um boi de matraca. Para a apresentação no Espaço Cultural, o Mamma Jazz receberá convidados especiais em seus shows: a cantora paraibana Helaine Cristine, Júlio Mola, e os capoeiristas Lucivan Laranjeira e André Sarmento.

Com algumas músicas cantadas em crioulo, um dialeto africano, o Mama Jazz lançou em 2010 um CD que agregou uma coletânia dos mais de dez anos de carreira do grupo. O álbum foi patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC), conduzido pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). Um dos fundadores do Mamma Jazz, o vocalista e guitarrista Guilherme Semmedo, nasceu em Guiné Bissau, mas se radicou na Paraíba há cerca de 20 anos.

O repertório do Mama representa um estudo variante na pesquisa do jazz de raiz, que teve origem na África e se estendeu pelo Caribe e pelo mundo, simbolizando a liberdade na criação musical e enfatizando o nordeste brasileiro e a Paraíba como polos culturais.

Escurinho  – Pernambucano, de Serra Talhada. Compositor, cantor e percussionista atua também no teatro como ator e na criação de trilhas. Sua formação musical vem da sua experiência com o pai que se apresentava cantando em festas e a convivência com as manifestações populares do interior do nordeste.

Interprete performático, Escurinho traz em sua música uma poesia urbana de caráter social, numa fusão de ritmos que vai do xote ao reggae; do experimentalismo ao rock; do forró ao baião; do caboclinho ao boi de reizado; dos ritmos afros e tribais, do maracatu ao coco de embolada.

Escurinho começou a carreira musical na década de 1970, em Catolé do Rocha, quando participou do grupo Ferradura, juntamente com Chico Cesar e outros integrantes da região. Seu canto logo chegou a capital, onde integrou o Jaguaribe Carne.

Em 2013, Escurinho lançou o seu terceiro cd “O Principio Básico”, que tem o patrocínio do BNB através do Programa de Cultura Banco do Nordeste/BNDES. Em 2014, o artista está em estúdio preparando o seu 4º cd – Ciranda de Maluco.

Feira de Cultura Afro-Paraibana – Além dos shows, artistas negros e negras da Paraíba mostram seus trabalhos na Feira de Cultura Afro-Paraibana, que está aberta até a sexta-feira (21), das 15h às 20h, no Espaço Cultural, em João Pessoa. O evento integra a programação do Novembro Negro 2014 – Mais Equidade e Menos Racismo, realizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, Funesc e Programa de Artesanato da Paraíba.

O público pode conferir a produção de artesanato e cerâmicas produzidos pelas comunidades quilombolas do Talhado, da cidade de Santa Luzia, e Gurugi, no Conde. Além disso, haverá tendas com bijuterias artesanais (biojóias) e Espaço da Beleza Negra com a trançadeira Raíza Santos e técnicas de turbantes.

Na culinária, são vendidos produtos das comunidades de religião de matrizes africanas – Candomblé e Umbanda – como acarajé, caruru, cuscuz, tapioca, vatapá, cocada e bolinho de estudante. O artista plástico africano Guilherme Semmedo expõe seus trabalhos com foco na temática étnico racial.

Na quinta-feira (20), às 17h, o Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileira e Indígena (Neabi) da UFPB lança os Cadernos Afro-Paraibanos e o escritor Jerdivan Nóbrega, o livro Irmandade dos Negros do Rosário de Pombal.
Já na sexta-feira (21), as atividades culturais continuam com o grupo de afoxé de Bayeux, Liberdade Negra, e o Coco do Mestre Benedito, de Cabedelo.

Novembro Negro

A comemoração de 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no dia 20 de novembro de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Heróis da Pátria.

A abertura oficial do Novembro Negro na Paraíba aconteceu na última sexta-feira (14) com show do projeto Berimbaobab, que reuniu o grupo senegalês de afrojazz Toll Bi e os artistas paraibanos Adeildo Vieira, Soraia Bandeira, Erivan Araújo, Glaucia Lima e coletivo Tribo Éthnos.


Assessoria de Imprensa

Redação DiárioPB

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