Após 135 dias em greve, a maior paralisação dos últimos 35 anos, os servidores técnico-administrativos (STA’s) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) encerraram o movimento paredista e retornarão ao trabalho nessa quinta-feira (8). A decisão foi aprovada por unanimidade na assembleia da categoria, realizada na manhã dessa quarta-feira (7), às 10hs, no sede do sindicato, o SintespPB.
Durante as falas, os oradores deixaram claro que apesar de o acordo não ter sido o desejável, a luta dos servidores foi vitoriosa e conseguiu arrancar do governo alguns benefícios. A avaliação majoritária é a de que, diante do cenário de crise em que vive o País, o ganho obtido pela greve foi uma conquista. Os STAs conseguiram um reajuste que será implementado em agosto de 2016 e janeiro de 2017. Ou seja, o aumento do próximo ano será garantido mesmo depois de a Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) de 2016 já ter sido aprovada.
A diretoria do sindicato ainda enfatizou que os trabalhadores não serão penalizados com o desconto dos dias parados. Quanto à reposição do trabalho, último ponto a ser acertado com o governo, os servidores deverão repor o trabalho acumulado durante o seu expediente, ou seja, sem a obrigatoriedade de fazer hora extra.
Outro ponto abordado durante a assembleia foi a precarização do serviço no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HUWL). De acordo com a diretoria do SintesPB, graças a uma ampla mobilização da categoria, os servidores do HU conseguiram finalmente agendar uma audiência pública com a reitora da UFPB, Margareth Formiga, e o superintendente do hospital. A reunião, no entanto, deverá acontecer apenas no dia 26.
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